quinta-feira, janeiro 15

PESSOA COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO


 
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O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica, de causa desconhecida e de natureza autoimune, caracterizada pela presença de diversos autoanticorpos. Evolui com manifestações clínicas polimórficas, com períodos de exacerbações e remissões. De etiologia não totalmente esclarecida, o desenvolvimento da doença está ligado a predisposição genética e fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos.

É uma doença rara, incidindo, mais frequentemente, em mulheres jovens, ou seja, na fase reprodutiva, na proporção de nove a dez mulheres para um homem, e com prevalência variando de 14 a 50/100.000 habitantes, em estudos norte-americanos. A doença pode ocorrer em todas as raças e em todas as partes do mundo.

Na prática, para o diagnóstico de LES se utilizam os critérios de classificação propostos pelo American College of Rheumatology, em 1982, e revisados em 1997.

O diagnóstico se fundamenta na presença de, pelo menos, 4 dos 11 critérios descritos na Tabela abaixo.

Estes critérios foram desenvolvidos com o objetivo de uniformizar os estudos científicos da doença. A avaliação laboratorial pode auxiliar sobremaneira o diagnóstico por ocasião da constatação de alterações hematológicas (leucopenia e/ou linfopenia e/ou plaquetopenia e/ ou anemia hemolítica) e alterações do sedimento urinário.

Critérios de classificação de LES do American College of Rheumatology revisados em 1997:

1. Eritema malar: lesão eritematosa fixa em região malar, plana ou em relevo.

2. Lesão discoide: lesão eritematosa, infiltrada, com escamas queratóticas aderidas e tampões foliculares, que evolui com cicatriz atrófica e discromia.

3. Fotossensibilidade: exantema cutâneo como reação não usual à exposição à luz solar, de acordo com a história do paciente ou observado pelo médico.

4. Úlceras orais/nasais: úlceras orais ou nasofaríngeas, usualmente indolores, observadas pelo médico.

5. Artrite: não erosiva envolvendo duas ou mais articulações periféricas, caracterizadas por dor e edema ou derrame articular.

6. Serosite: pleuris (caracterizada por história convincente de dor pleurítica, atrito auscultado pelo médico ou evidência de derrame pleural) ou pericardite (documentado por eletrocardiograma, atrito ou evidência de derrame pericárdico).

7. Comprometimento renal: proteinúria persistente (> 0,5 g/dia ou 3+) ou cilindrúria anormal.

8. Alterações neurológicas: convulsão (na ausência de outra causa) ou psicose (na ausência de outra causa).

9. Alterações hematológicas: anemia hemolítica ou leucopenia (menor que 4.000/mm3 em duas ou mais ocasiões) ou linfopenia (menor que 1.500/mm3 em duas ou mais ocasiões) ou plaquetopenia (menor que 100.000/mm3 na ausência de outra causa).

10. Alterações imunológicas: anticorpo anti-DNA nativo ou anti-Sm ou presença de anticorpo antifosfolípide com base em:

a) níveis anormais de IgG ou IgM anticardiolipina;
b) teste positivo para anticoagulante lúpico; ou
c) teste falso-positivo para sífilis, por, no mínimo, seis meses.

11. Anticorpos antinucleares: título anormal de anticorpo antinuclear por imunofluorescência indireta ou método equivalente, em qualquer época, e na ausência de drogas conhecidas por estarem associadas à síndrome do lúpus induzido por drogas.

Fonte: Temas de Reumatologia Clínica - Vol. 10 - Nº 1 - Março de 2009 - Consenso de Lúpus Eritematoso Sistêmico.

3 comentários:

  1. Olá Tania Hanashiro. Sou Fisioterapeuta e trabalho com uma técnica chamada microfisioterapia e tenho tido muito bons resultados com várias doenças auto-imunes, inclusive o LUPUS.
    Estou deixando embaixo o link da palestra que dei no congresso de terapias integrativas que ocorreu em londrina no inicio do ano.
    https://www.youtube.com/watch?v=fcXLJEqwjCg

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  2. Esta disponível no mercado um novo medicamento ESPECIFICO para Lúpus, que vem ajudando muitas pessoas com ótimos resultados.

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  3. http://convivendocom-lupus.blogspot.com.br/2015/04/campanha-maio-roxo.html

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