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Lúpus interna 2 por dia no SUS de São Paulo

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo com base nos dados de 2012 mostra que, em média, os hospitais públicos do Estado internam duas pessoas a cada dia com diagnóstico de lúpus eritematoso.

No ano passado houve 637 internações. A doença autoimune não possui causa conhecida e não tem cura.

O lúpus afeta o sistema imunológico do doente, que passa a produzir anticorpos que atacam e provocam inflamação de células e tecidos saudáveis do corpo. Segundo Lenise Brandão Pieruccetti, chefe de reumatologia do Hospital Heliópolis, na zona Sul de São Paulo, a doença está ligada a uma predisposição genética, e os primeiros sintomas podem aparecer em qualquer faixa etária.

"No entanto, é no adulto jovem do sexo feminino, e na idade fértil, entre 25 e 50 anos, que ocorre a maior incidência do diagnóstico. A explicação pode estar no estrogênio, hormônio feminino, que funciona como um fator desencadeante", afirma.

Pele, rins e o sistema nervoso central são as partes mais afetadas pelo lúpus. A alta exposição aos raios ultravioletas torna o indivíduo mais suscetível à doença. O sintoma mais claro é o aparecimento de manchas no rosto, no formato de "asa de borboleta".

Mas o paciente pode apresentar, também, sensibilidade ao sol, dor articular, queda de cabelo, febre persistente e fraqueza. Nos casos mais graves, chamados de lúpus eritematoso sistêmico, o paciente pode apresentar lesões crônicas que deixam cicatrizes na pele.

O tratamento, realizado por um reumatologista, inclui o uso de protetor solar, anti-inflamatórios, corticoides e imunossupressores, mas a conduta médica varia conforme cada indivíduo. "Embora ainda sem cura, com a medicação correta, a doença pode ser tratada com sucesso. A sobrevida do paciente tem sido cada vez maior, chegando a 98% em alguns casos", explica Lenise.

A recomendação é procurar sempre orientação médica, caso algum dos sintomas se manifeste.


Apresentadora Astrid Fontenelle enfrenta a doença 

Assim como Astrid, estima-se que mais de 65 mil pessoas, mulheres em sua maioria, tenham a doença no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia.

Ainda não há um consenso sobre a origem do Lúpus, mas admite-se que a enfermidade resulte da interação de numerosos fatores, entre os quais a predisposição genética, segundo a reumatologista da Unifesp, Dra. Emília Inoue Sato.

— A radiação ultravioleta, as infecções e um hormônio feminino chamado estrógeno são possíveis agentes desencadeantes da patologia. Dentre os casos, 90% ocorrem em mulheres, principalmente na fase hormonalmente ativa, isto é, entre o início da menstruação e a menopausa. Embora a doença possa atingir qualquer faixa etária, a incidência é maior em pacientes entre 15 e 50 anos com pico nos 30 anos — revela.

Os tipos de sintomas e sua intensidade variam entre os portadores. Contudo, os sinais mais comuns são as dores nas articulações, a artrite e as manifestações cutâneas conhecidas como “asa de borboleta”, já que o formato da lesão é semelhante à aparência das asas do inseto e costuma aparecer na região das bochechas. O momento ideal para identificar os indícios ocorre quando surgem, além das lesões cutâneas e dores articulares, manchas inflamatórias em regiões expostas ao sol como os braços e o colo, febre, emagrecimento rápido e o surgimento da anemia e a leucopenia (baixa taxa de glóbulos brancos no sangue),

Qualidade de vida
O portador do Lúpus precisa seguir as indicações médicas e ter hábitos e estilo de vida saudáveis para manter-se bem. A prática de exercícios físicos regulares, uma alimentação saudável, lembrando que a ingestão de alimentos gordurosos com alta taxa de sal, açúcar e carboidratos precisam ser evitados, bem como o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo, a redução de níveis de estresse, poupar a exposição ao sol e o buscar tratamento precoce de infecções são medidas que auxiliam no controle da atividade da doença e na prevenção de complicações.

Outra dica importante é o apoio psicológico durante o tratamento, além do acesso aos medicamentos.

—É fundamental que o paciente tenha um suporte para enfrentar o Lúpus. Sentir-se forte e contar com o apoio da família são importantes para conviver com a enfermidade — finaliza a reumatologista.

 Fonte: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br

Gravidez e lúpus: pesquisa dá esperança para algumas mulheres

Nos casos em que a doença está controlada, as chances de uma gestação de sucesso são altas

Uma pesquisa promissora feita no Hospital para Cirurgias Especiais, em Nova York, com financiamento do Instituto Nacional de Saúde (NIH, sigla em inglês), pode oferecer esperança para mulheres portadoras de lúpus que desejam engravidar. Segundo os dados apresentados no Encontro Anual do Colégio Americano de Reumatologia, a maior parte das mulheres que tem a doença controlada, estável, pode ter uma gravidez de sucesso.

"Existia um equívoco, baseado em experiências desatualizadas, de que mulheres com lúpus não deveriam engravidar", diz Jane Salmon, autora sênior do estudo, em comunicado do Hospital para Cirurgias Especiais. Segundo ela, como os tratamentos atuais estão mais efetivos e há uma melhor compreensão da doença, já é possível identificar casos em que uma gravidez é segura.

Historicamente, mulheres portadoras de lúpus eritematoso sistêmico (LES ou lúpus) vinham sendo aconselhadas a não engravidar para não colocar a si mesmas e ao bebê em risco. O lúpus é uma doença inflamatória crônica, na qual o sistema imunológico de uma pessoa ataca tecidos de seu próprio corpo, podendo causar, assim, complicações durante a gestação.

Gravidez – Na pesquisa, foram avaliadas 333 mulheres grávidas que eram portadoras de 
lúpus. Todas faziam parte de um programa para identificar biomarcadores que predizem resultados ruins para a gravidez. A equipe de pesquisadores descobriu que 80% das pacientes com lúpus tiveram uma boa gestação.

Pacientes com lúpus podem ficar livres dos sintomas por longos períodos de tempo e, então, viver uma explosão da doença: sintomas como erupção cutânea, dores nas articulações e no peito, pernas inchadas, hematomas e fadiga aparecem em um arroubo.
“A maioria das mulheres com lúpus estável, que é definido quando há uma atividade limitada da doença, têm uma gravidez de sucesso”, diz Salmon. De acordo com a especialista, evitar a gravidez durante os períodos de atividade aumentada da doença é essencial.

Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/saude/gravidez-e-lupus-pesquisa-da-esperanca-para-algumas-mulheres

Estresse aumenta risco de psoríase e lúpus

As duas doenças são inflamatórias e costumam surgir na fase adulta

Doenças autoimunes são aquelas em que o sistema imunológico afeta o organismo do próprio paciente. As mais conhecidas, segundo a pediatra Ana Escobar e a reumatologista Maria Helena Kiss, são o lúpus e a psoríase.

No caso dessas doenças, o sistema imunológico interpreta que o paciente é a bactéria. Um ponto em comum entre essas doenças é que ambas são inflamatórias, costumam surgir principalmente na vida adulta e trazem manifestações na pele que podem afetar a vida social. Estresse emocional pode desencadear os dois problemas e não há cura para ambos, mas apenas controle. Por outro lado, enquanto o sol ajuda a combater a psoríase, piora o lúpus.

O sistema imunológico do corpo humano produz proteínas chamadas anticorpos que servem para combater micro-organismos agressores. No lúpus e na psoríase, porém, o sistema produz anticorpos contra células de diferentes tecidos do corpo, causando lesões na pele e, no caso do lúpus, dependendo da pessoa, lesões no sistema nervoso, coração, pulmões, rins e articulações.

Os estudos para descobrir por que desenvolvemos anticorpos contra nós mesmos estão em andamento. Uma das teorias diz que, quando a pessoa nasce, o corpo passa por um processo de reconhecimento celular.

Algumas células não são reconhecidas e ficam escondidas. Quando há uma queda de imunidade, essas células aparecem no organismo e o corpo passa a produzir anticorpos contra elas.

Estresse também pode causar reumatismo

Estatísticas dão conta que 15 milhões de brasileiros têm algum tipo de reumatismo e essa doença pode ser agravada por fatores genéticos, traumatismo, estresse laboral, ansiedade, depressão, sedentarismo, obesidade e até mudanças climáticas. Para cuidar de uma doença reumática existem diversas terapias, que vão desde exercícios, fisioterapias, até medicamentos.

Como lidar com a doença

Lúpus
O uso de corticoides pode levar ao ganho de peso. Por isso, a alimentação saudável e os exercícios físicos são indispensáveis. Há também os imunossupressores, que agem nos linfócitos, mas o problema é que acabam atuando nas células normais, o que pode causar anemias e diminuir a resistência

Emocional
Controlar o estresse emocional e realizar pequenas coisas que trazem felicidade e bem-estar podem ajudar. A pessoa com lúpus ou psoríase não deve fugir do contato social e deve explicar que a doença de pele não é contagiosa.

Fonte: A Gazeta